Antes de começarmos a falar sobre a diferença entre vegetariano, vegano e crudívoro, vamos colocar perguntas que as pessoas que decidiram parar de comer carne costumam ouvir a todo momento:

  • Mas você não come carne mesmo?
  • Nem peixe?
  • Mas então, você come o quê?  Batata frita?
  • E não fica com fome?
  • E não faltam vitaminas e nutrientes?
  • Como você suporta comer só soja, batata e tofu?
  • Mas, o que é o tofu?
  • Você também entrou na modinha de ser vegetariano?
  • Tem que ser uma pessoa muito evoluída para parar de comer carne, né?
  • Vegetariano e vegano é só pra gente rica?

(vamos responder a todas elas daqui a pouco)

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Comer ou não comer carne? Eis a questão…

 

Compartilhando conhecimentos sobre o assunto

Escutar e responder as mesmas perguntas, tantas vezes e em tantas ocasiões, pode ser até um pouco incômodo. Reunião de família, então, é uma maravilha! Sempre tem um tio ou tia para dizer que não entende como alguém pode abrir mão de tanta coisa gostosa que existe no mundo (esse é um equívoco e tanto, vamos mostrar mais à frente). E o que dizer do “churrasco” com amigos? Sempre acaba em questionamentos semelhantes.

É preciso entender que há realmente muitas dúvidas relacionadas ao assunto. E cada boa conversa é uma excelente oportunidade de compartilhar conhecimentos e demonstrar as características e vantagens de cada tipo de alimentação. Com paciência e respeito pelas escolhas e o tempo do outro, claro.

Estima-se que no mundo, 500 milhões de pessoas são vegetarianas. O Brasil já ocupa a 3° posição em números de vegetarianos no mundo, ficando atrás da Índia e China, com quase 30 milhões de pessoas, ou seja 6% da população brasileira. Ou seja, o vegetarianismo não é modismo, e trata-se de uma tendência mundial.

Por isso, caprichamos neste artigo sobre a diferença entre vegetariano, vegano e crudívoro. Você, que ainda tem pouco conhecimento sobre o assunto (o que é super normal, nem se preocupe), pode aprender conceitos novos e aprofundar os questionamentos na próxima conversa. E você, que entende dos diversos tipos de alimentação, pode indicar este texto da próxima vez que alguém fizer as perguntas de sempre. Partimos, então, do ponto mais básico:

 

A diferença entre carnívoros e não carnívoros

Essa é a mais fácil de explicar. Existem pessoas que comem outros animais e pessoas que não comem. Aos que comem, costumamos chamar de carnívoros. Para os demais, a nomenclatura realmente correta vai depender de uma série de fatores.

É importante dizer que os carnívoros, por definição, são considerados predadores, pois precisam dar fim à uma outra vida para se alimentarem.  Carnívoros também apresentam características físicas próprias, como garras e dentes fortes e afiados, para que possam agarrar e matar as presas, rasgar a carne e quebrar os ossos.

Seres humanos, anatomicamente, não são preparados como os outros carnívoros; tanto é assim, que precisamos cozinhar a carne para comê-la. Não temos nem a mandíbula forte, nem as garras e os dentes afiados, entre uma série de outras características.

 

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O corpo humano não está preparado anatomicamente para consumir a carne, como os outros carnívoros; tanto é assim, que precisamos cozinhar a carne para ingeri-la.

 

Carnívoros, herbívoros e onívoros

Nesta nossa conversa sobre vegetarianos, veganos e crudívoros, cabe uma observação: Nos tempos da escola, aprendemos que há três tipos de classificação quando o assunto é alimentação feita por animais. Herbívoros se alimentam apenas de vegetais; carnívoros se alimentam de outros animais; e onívoros se alimentam de tudo.  Ou seja, humanos que comem animais são, na verdade, onívoros, pois também comem vegetais.

 

Vegetarianismo

Como o próprio nome já diz, quem é vegetariano mesmo não come qualquer tipo de produto que tenha origem animal, apenas origem vegetal. Mas e o ovo? E o mel?  Esse é um dos equívocos mais comuns – e vamos esclarecer agora.

  1.  Quem utiliza leite, derivados e ovos é Ovolactovegetarianismo.
  2.  Se não come ovos, mas consome leite e laticínios é Lactovegetarianismo.
  3.  Quem não utiliza leite, mas não abre mão de ovos, é Ovovegetarianismo.
  4.  O vegetariano estrito é o que não utiliza nenhum produto de origem animal na sua alimentação.

 

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O vegetariano 100% não come qualquer tipo de produto que tenha origem animal. O vegano, além de não ingerir estes alimentos, ainda não compra qualquer produto que envolva animais, como por exemplo couro e produtos de higiene que são testados em animais.

 

Veganismo

O veganismo vai além da alimentação, é um estilo de vida. Uma pessoa vegana não come qualquer alimento de origem animal. Também não utiliza roupas, móveis, maquiagem, ou qualquer produto que seja resultado de exploração ou crueldade contra animais. Veganos, por exemplo, não comem mel, pois entendem que o processo de fabricação pode ser estressante para a abelha. Não usam sapatos de couro, camisas de seda, cremes testados em animais.

 

Crudivorismo

Os crudívoros também não ingerem alimentos que tenham origem animal. A diferença principal entre vegetarianos, veganos e crudívoros é que os últimos se alimentam apenas de alimentos crus ou aquecidos até 40°C. A base da alimentação é formada por vegetais, frutas, grãos e sementes. Há um cuidado todo especial também com a maneira como os produtos são cultivados, sem o uso de adubação química ou de pesticidas. É uma filosofia de vida, que acredita que a natureza já preparou todos os alimentos para serem consumidos em sua forma primordial.

 

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Motivos para se tornar vegetariano, vegano e crudívoro

Muito raramente, alguém deixa de comer carne por não gostar do sabor ou da sensação que ela provoca. É, na grande maioria dos casos, uma decisão consciente, empática e solidária, nem sempre fácil de ser mantida no início. A  Sociedade Vegetariana Brasileira listou alguns motivos que podem inspirar uma pessoa a mudar a alimentação ou modo de consumir em todos os níveis.

  • Ética e empatia
  • Saúde
  • Meio ambiente
  • Facilidade
  1. Ética e empatia

De acordo com os dados divulgados pela Sociedade Brasileira, são abatidos mais de 10 mil animais terrestres (bois, frangos e porcos, principalmente) por minuto no Brasil para produção de carnes, leite e ovos. São animais que, comprovadamente, sentem dor, sofrimento e alegria. O primeiro motivo, então, é generoso e baseado no pensar no outro, que tem tanto direito à vida quanto nós.

 

  1. Saúde

O segundo motivo está relacionado à saúde. Estudos já comprovaram que uma alimentação baseada em vegetais, e sem produtos de origem animal, ajuda a  combater doenças crônicas como diabetes, obesidade, hipertensão e até alguns tipos de câncer. A alimentação de origem vegetal é mais natural e mais saudável. De modo geral, já foi comprovado que vegetarianos e veganos possuem um equilibrio nutricional melhor, já que se preocupam com uma ingestão de nutrientes mais rica e equilibrada, estudam sobre como preparar os alimentos para tirar o máximo valor nutricional em sua preparação – quando comparada com as pessoas que consomem tudo.

O outro aspecto que envolve a saúde, diz respeito à morte do animal. Como eles possuem o instinto de sobrevivência muito aguçado, eles pre-sentem os momentos anteriores em que serão abatidos; com isso acionam o mecanismo lutar ou fugir, que se traduz numa química corporal intensa, já que diversas toxinas são liberadas para os músculos e tecidos Ao ingerir a carne, a pessoa está ingerindo também, estas toxinas, além é claro, dos hormônios de crescimento que são dados aos animais ao longo da vida, que também são muito danosos às pessoas.

 

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  1.  Meio ambiente

Segundo a Organização das Nações Unidas, o setor pecuário é o maior responsável pela erosão de solos e contaminação de mananciais de água. Também é um dos setores que mais contribuem para a emissão de gases que provocam o chamado efeito estufa. De acordo com a Sociedade Vegetariana Brasileira, a maior parte do desmatamento da Amazônia tem sua origem na produção de carnes, laticínios e ovos. E tem mais: 97% do farelo de soja e 60% do milho produzidos globalmente são utilizados não para consumo humano, mas para virar ração.

 

  1. Facilidade

Ao contrário do que muitos imaginam, parar de consumir alimentos de origem animal não representa aumento no orçamento doméstico, nem dificuldade para elaborar cardápios ou para encontrar e variar ingredientes. Muito pelo contrário. Com o tempo, as combinações ficam cada vez mais criativas, as refeições mais variadas e, sobretudo, mais saborosas. O paladar parece ficar mais apurado e os temperos são grandes aliados para evitar uma “esperada” monotonia dos sabores. Use e abuse dos produtos da estação, para obter preços baixos e mais sabor e nutrientes. A oferta de produtos industrializados específicos para quem não consome produtos de origem animal cresce a cada dia – e, nestes casos, os preços ainda são maiores dos que os dos ”convencionais”.

 

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Estima-se que no Brasil, a cada minuto são abatidos mais de 10 mil animais (bois, frangos e porcos).

 

Perguntas respondidas

Vamos responder as perguntinhas lá do começo, então?

  • Mas você não come carne mesmo? Não.
  • Nem peixe? Estudos documentados já mostraram que peixes têm um mecanismo que reage às sensações de dor e prazer.
  • Mas, então, você come o quê? Batata frita? Também. E uma infinidade de outros alimentos saborosos, naturais e saudáveis.
  • E não fica com fome? Se eu me alimentar de maneira correta e com as quantidades adequadas, por que ficaria?
  • E não faltam vitaminas e nutrientes? Vegetarianos estritos precisam suplementar B 12. Apenas.
  • Como você suporta comer só soja, batata e tofu? Não como só soja, batata e tofu, apesar de comê-los também.
  • Mas, o que é o tofu? Um alimento rico em proteínas, feito a partir do leite de soja fervido e coado.
  • Você também entrou na modinha de ser vegetariano? Não é modinha, não. De acordo com pesquisa feita pelo Ibope e divulgada em 2020, já são quase 30 milhões de vegetarianos no Brasil. E o número só cresce.
  • Tem que ser uma pessoa muito evoluída para parar de comer carne, né? Definitivamente, não. Qualquer pessoa pode se tornar vegetariana. Mas, acreditamos que quando você toma a decisão de enxergar todas as vidas como importantes e não se alimenta por meio do sofrimento e morte de outros animais, o processo de evolução se torna mais fluído e coerente.
  • Vegetariano e vegano é só pra gente rica! Isso não é verdade; afinal comer arroz, feijão, salada de folhas e legumes refogados são muito baratos. Como toda a alimentação, depende do orçamento da família, da mesma forma que um carnivoro come acem e outro carnívoro come salmão.

 

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Quero me tornar vegetariano, vegano e crudívoro. Como Cura Essencial pode me ajudar?

Nós, Giselle e Luiz Alfredo, somos veganos e estudamos profundamente os diversos tipos de alimentação. Não julgamos os que ainda consomem carne, pois acreditamos que cada um tem o seu tempo e suas crenças. No entanto, acreditamos que os animais têm direito à vida, à empatia, e à existência sem o sofrimento que é imposto por nós, seres humanos. Se você se interessa pelo assunto ou gostaria de se tornar vegetariano, vegano e crudívoro, podemos lhe ajudar. Como ex-carnívoros, sabemos que o processo não é tão fácil como muitos gostam de fazer parecer. É uma decisão que, no início, precisa ser reafirmada todos os dias. Os benefícios, entretanto, são muitos, como mostramos neste artigo.

Imagem-Giselle e Alfredo-cura quânticaSOMOS ESPECIALISTAS
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